Quando uma marca resolve lançar um produto ou realizar uma campanha, um dos primeiros passos é a definição do que precisa ser contado naquela peça/produto.
Chegou o momento do briefing! Nessa fase, parece que todas as informações (a marca, o nome do produto, o sabor, o atrativo…) são igualmente importantes: "MEUS CONSUMIDORES PRECISAM SABER DISSO TUDO!". E de fato, tudo precisa ser dito, mas se tiver o mesmo "peso", acabará virando um grande ruído e nada terá relevância.
É por isso que a definição da estratégia de hierarquia da informação, neste caso, é tão importante quanto a estratégia visual do produto. O mesmo ocorre em uma campanha, um post para redes sociais, uma apresentação (cada peça, dentro do seu nível de complexidade).
No caso de uma embalagem, por exemplo, é importante avaliar qual é o momento em que aquela marca se encontra. Se essa marca ainda está em fase de construção de reputação, o logotipo terá grande relevância no contexto da embalagem. Agora vamos imaginar que a marca já tem amplo histórico e reputação, padrões visuais que são identificados pelo consumidor, e está lançando um produto dentro de uma categoria nova no mercado, pela qual o público está sedento (como foi o caso do iogurte grego há algum tempo atrás - as pessoas procuravam por "iogurte grego" nas gôndolas, se fosse de uma marca com boa reputação, melhor ainda). Nesse caso, talvez seja importante que o nome da categoria esteja "gritando" na embalagem, no topo da hierarquia da informação.
Nos exemplos abaixo, é possível visualizar marcas distintas vendendo o mesmo tipo de produto com estratégias de hierarquia da informação completamente diferentes:
É por isso que essa hierarquia é bastante estratégica. E o design terá o papel de direcionar o olhar do consumidor dentro do contexto daquela peça, para que ele possa absorver a informação no momento e da forma correta.
Confira um case de marca e embalagens onde todas essas estratégias foram construídas do zero, em conjunto entre a Yup e o cliente: Case Papapá